O Tratamento e a Cura de Oscar

Descobri que era Portador de Hepatite C por acaso.

Alias, nem sabia que essa doença existia e para mim que já tinha tido hepatite na infância, no Colégio, junto com outros colegas do Curso Primário, foi uma surpresa.

No começo de 2007 tinha uma crise intestinal e fui atendido no Pronto Socorro, Posteriormente fui á Medica Daniela Louro que me receitou uma bateria de exames. Saí do consultório, registrei os exames no Laboratório Sabin, mas como estava me sentindo melhor não realizei os exames.

Posteriormente, no segundo semestre de 2007 resolvi efetuar uma cirurgia de correção de desvio de septo nasal e o médico operador me solicitou vários exames que apontaram que eu tinha algum problema no fígado e dessa forma não poderia operar.

Resolvi fazer os exames da Dra. Daniela que acusou que eu tinha Hepatite C.

Veja o exame abaixo

Procurei outro médico, O Dr. Ricardo Jacarandá e refiz o teste.

Não tinha jeito, eu tinha essa tal de Hepatite C.

Procurei outro médico, a Dra. Liliana Sampaio que pediu uma serie de exames,, inclusive da Carga Viral. Veja o resultado

Tinha que me credenciar no SUS para atender ao Protocolo e iniciar o tratamento pois o meu Plano de Saúde não cobria essas despesas. Isso incluía uma serie de etapas, inclusive a biopsia para provar que você estava no “bico do corvo”, senão o SUS não autorizava o tratamento que também não garantia a cura.

Novo exame em janeiro de 2009 mostrava que a carga viral se multiplicava rapidamente. Veja o exame.

Iniciei o tratamento em agosto de 2009 que consistia na aplicação semanal de Interferon Peguilado e na absorção diária de vários comprimidos de ribavirina, ambos remédios da chamada Farmácia de Alto Custo, o que demandava enorme energia para obtê-los todo mês.

Era um tratamento praticamente quimioterápico que apresentava enormes efeitos colaterais e muitas pessoas não aguentavam até o final e desistiam até porque somente cerca de 33% dos tratados obtinham a cura.

Muitos morriam ou iam direto para o transplante mas mesmo com o transplante era necessário fazer o tratamento pois o vírus estava na corrente sanguínea e começava a atacar o novo órgão transplantado.

5 meses depois de inciado o tratamento o vírus estava negativado, em 20/01/2010. Veja abaixo o resultado.

Porém, como demorou muito tempo para ser negativado, o tratamento em vez de durar 48 semanas, teria que curar 72 semanas, praticamente 1 ano e meio.

E no dia 30/12/2010, 1 dia depois de ingerir as últimas capsulas de ribavirina, estava de férias em São Paulo na casa da minha mãe e fiz 2 exames em 2 laboratórios diferentes que acusaram o mesmo resultado, ou seja, o vírus estava indetectável. Veja os exames

Fiquei muito contente, consegui o risco cirúrgico, fiz a operação de desvio de septo nasal, aproveitei e fiz também 6 implantes dentários sem nenhuma critica dos anestesistas, porém, em maio de 2011, fiz novo exame que detectou que o vírus tinha voltado. Veja o exame.

A carga viral estava bem mais baixa, mas o vírus estava lá. Eu não estava curado.

É desesperador saber que você carrega um vírus no seu corpo que destrói lentamente seu fígado e você não tem um remédio para te curar. Não havia mais nada a fazer. Só esperar um novo remédio e fazer o possível para não agredir ainda mais o fígado.

E no começo de 2012 apareceu um novo remédio, o Boceprevir, um Inibidor de Protease, lançado no Brasil pela empresa Merck Sharp & Done, e graças a Dra. Liliana Sampaio Costa Mendes, eu fui um dos agraciados para receber gratuitamente o remédio que ainda não havia sido incorporado pelo SUS.

Eu fui uma espécie de cobaia aqui no DF, e então o tratamento passou a ter o mesmo Interferon Peguilado e Ribavirina do tratamento anterior acrescido do Boceprevir.

Inicie o segundo tratamento em  abril de 2012 e em 12/12/2012, 1 dia após a ingestão último comprimido fiz o exame que acusou que o vírus estava indetectável novamente.

Agora era esperar 6 meses, conforme protocolo do SUS para repetir o exame e no dia 13/06/2013 refiz o exame que apontou que o vírus continuava indetectável. Veja o resultado:

Agora sim, RVS, ou seja, Resposta Virológica Sustentavel